domingo, 29 de abril de 2012

Momentos e Desacertos



Vivo momentos sem vida,
Um ser tão sem saída,
Sem flores, sem cores, sem magia;
Vivo uma ausência de amores,

Pedaço de solidão...

Vivo a agonia de quem
Não sabe viver o encantos,
Oculto em cada segredo;
Quando um tempo de desejos,
De repente, me acontece
E se enrosca nos meus seios,
Feito serpente no cio,
E me perco em meu vazio
E me escondo em meus receios.

Mas já criei um refúgio,
Cheio de cores e brilho,
Onde vou jogar meu jogo,
Ávido de seduções;
Sem auxílios, nem tropeços,
Vou dar conta dos anseios
Que me pedem ousadia,
Um clima desconcertante
Desprovido de razão,
Cheios de beijos e bocas,
Saturados de desejos,
Encharcado de paixão.

É assim que me quero agora:
Vou dar conta da alegria,
Explodir meu conteúdo,
Me deixar à flor da pele,
Escancarar meu coração.

Ao mesmo tempo e contudo,
Não vou me perder de vista
Nessas impuras andanças,
Para poder, simplesmente,
Continuar ser eu mesma,
Insistentemente livre,
Cheia de amor e esperança.